Ainda uma vez, Sublimatio

O fracasso da Sublimatio como origem do consumo de drogas e entorpecentes

“Não planta jardins por fora quem não tem jardins por dentro”
Ruben Alves

“Salvar a alma da prisão na matéria”, na linguagem da Psicologia Analítica, é libertar a Anima (alma) do abraço sedutor da Grande Mãe (natureza), de quem ela é a filha mais ilustre.

A psicologia acadêmica chama isso de livrar a consciência de suas compulsões, a psiquiatria de remissão dos sintomas e a mitologia de salvar a Princesa cativa do Dragão. Formas distintas de nomear e operar a Sublimatio.
Na população, uma evidência da necessidade e operação da Sublimatio é o uso disseminado, universal e repetitivo de drogas.

Caro e ineficiente, só pode ser substituído por outro processo de Sublimatio, menos custoso e mais eficaz, mas nunca simplesmente eliminado.

Já a loucura é um processo de Sublimatio que fracassou:

“Quando Ismália enlouqueceu,Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar…
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,

Queria descer ao mar…(…)
E as asas que Deus lhe deu,
Ruflaram de par em par…

Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…”

Por isso os alquimistas eram tão cuidadosos com o seu trabalho. As consequências de uma falha e a Anima cair prisioneira da Grande Mãe são desastrosas: compulsões, pânicos, violências, barbárie, desespero e, a pior de todas, ansiedade crônica.

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