

“Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou” C. G. JUNG
Devemos à Jung a descoberta de que o Inconsciente é o ovário e útero da Psique. Nele estão depositados, em germe, os talentos e potenciais próprios que, ao longo da vida (de toda a vida), migram para a consciência para realização. A consciência é, então, a manjedoura.
Reside aqui o prejuízo pessoal do tão propalado recalque do Inconsciente. É que, junto com nossas vergonhas reprimidas, estão também nossas potencialidades não realizadas. Tudo misturado. É a chamada prima-matéria dos alquimistas. Por 15 séculos eles estudaram e procuraram uma forma para separar o extremamente vil (nossas inferioridades) do extremamente valioso (partes em preparação de nosso ser), ao qual deram o nome de lápis philosophorum, misturados na prima-matéria, hoje chamado de Inconsciente.Um olhar cuidadoso para os nossos sonhos e fantasias pode nos ajudar a identificar o que está em preparo em nós. O que fazer com isso é outra história. Talvez a crucial: Herodes ou Papai Noel, eis a questão que interessa.